:

  • Dólar apresenta alta, com investidores repercutindo Copom e Fed


  • No dia de ontem, o dólar fechou em alta de 0,66%, cotada em R$ 5,6546. Com o resultado adquirido, fechou o mês com valorização de 1,18%. O principal índice de ações da bolsa, por sua vez, encerrou com um avanço de 1,20%, aos 127.652 pontos.

Nesta quinta-feira (1°), o dólar abriu em alta com investidores repercutindo as decisões de política monetária do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) e do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

No dia de ontem, as duas instituições resolveram manter suas taxas de juros inalteradas. 

Aqui no Brasil, a taxa Selic continuou em 10,50% ao ano, no entanto, com as sinalizações de que o Copom está cauteloso com o cenário econômico.

Nos Estados Unidos, o Fed manteve os juros na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano.

O presidente do Fed, Jerome Powell, disse em entrevista a jornalistas que um corte na taxa poderá ser discutido na próxima reunião, caso os dados econômicos caminhem conforme o esperado.

O dólar 

Às 09h05, o dólar subia 0,27%, cotado a R$ 5,6693.

No dia anterior, a moeda norte-americana obteve alta de 0,66%, cotada em R$ 5,6541.

Com o resultado, acumulou:

-queda de 0,07% na semana;

-ganho de 1,18% no mês;

-alta de 16,52% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

O Copom, no Brasil, optou por manter a taxa Selic em 10,50% ao ano, numa decisão que já era amplamente esperada pelo mercado financeiro.

A novidade reunião, porém, foi o tom mais duro do comunicado nessa reunião, que reforçou a perspectiva de que o colegiado pode voltar a subir os juros se julgar necessário. 

O Comitê declarou que “segue vigilante” e que eventuais ajustes na taxa básica seguirão o “firme compromisso” da instituição em convergir a inflação à meta.

"A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento, ampliação da desancoragem das expectativas de inflação e um cenário global desafiador, demanda serenidade e moderação na condução da política monetária", diz trecho do documento.

No exterior, a decisão do Fed já era esperada pelo mercado e veio logo após o comitê manter o mesmo referencial na última decisão, em junho, chegando à oitava reunião consecutiva de juros inalterados.

O presidente do Fed, Jerome Powell, disse em entrevistas a jornalistas que um corte na taxa poderá ser discutido na próxima reunião, caso os dados econômicos caminhem conforme o esperado.

“Uma redução em nossa taxa básica de juros pode estar na mesa já na próxima reunião, em setembro”, disse Powell. “As leituras de inflação do segundo trimestre aumentaram nossa confiança, e novos dados positivos fortaleceriam ainda mais essa confiança."

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) afirmou em comunicado que, nos últimos meses, houve algum progresso adicional em direção à sua meta de inflação, que é de 2%.

Mesmo assim, voltou a afirmar que não considera apropriado reduzir o intervalo de juros até que tenha "maior confiança de que a inflação está evoluindo de forma sustentável" para a meta. Segundo o colegiado, a inflação diminuiu no ano passado, "mas continua um pouco elevada".

O Fomc também destacou que está "preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado caso surjam riscos que possam impedir o alcance de seus objetivos".

O comitê afirmou sobre o mercado de trabalho, que "os ganhos no emprego permaneceram moderados e a taxa de desemprego subiu, mas continua baixa". Disse ainda que "os riscos para atingir suas metas de emprego e inflação continuam a se mover para um melhor equilíbrio".

O colegiado ponderou que a perspectiva econômica é incerta, e que segue "atento aos riscos para ambos os lados de seu mandato duplo".